(Por: ALDO MAES DOS ANJOS, Autor da Revista CARTUM).
Infância
Minha relação com a leitura e as histórias em quadrinhos começou cedo, aos 3 anos de idade, quando minha mãe - a Dona Yêda - lia gibis da turma da Mônica, Walt Disney e outros títulos para me fazer dormir. Foi assim que me alfabetizei.
Um dos clássicos desta época com certeza foi o livro de 50 Anos de Walt Disney, que me deixava fascinado em ver o autor conversando com seus personagens e as histórias eram bem engraçadas.
Antes de entrar no jardim de infância eu já conseguia ler e pronunciar as palavras, impulsionado pelo entusiasmo dos familiares.
Logo em seguida, também já estava escrevendo palavras simples, intuitivamente, depois de ter treinado bem a leitura por algum tempo.
Além de ler e escrever, passei a desenhar também.
Depois que assisti o filme do E T no cinema, passei a desenhar bastante o tal alienígena, e meu pai percebeu que estava ficando caprichado.
Minha mãe me incentivou a ler quadrinhos e meu pai, o Sr. Aldo nunca deixou faltar material de desenho.
Foram dezenas de personagens. O que mais durou foi a Turma do Chineca (inspirado em um pão que a Dona Yêda fazia), que resultou em 40 gibis ao longo de 6 anos (de 1985 a 1990).
Sempre fui fascinado pelos gibis.
Cheguei a ter uma coleção com cerca de 1200 revistas em quadrinhos, das quais me desfiz na mudança que fiz de Curitiba para Brusque, em 1986, assim que completei 12 anos. Na sequência, iniciei uma nova coleção que chegou a ter uns 800 gibis, mas sempre com saudades daqueles dos anos 1980, que me marcaram profundamente.
Aos 15 anos, comecei a trabalhar em horario integral e estudar a noite (sim, naquele tempo se trabalhava com essa idade).
Neste período fazia quadrinhos nos ambientes onde eu vivia, utilizando como tema situações ocorridas com os colegas escolares e do trabalho.
De 1996 a 1999, trabalhei na administração do Stop Shop, o Ninho da Malha, um importante centro comercial do vestuário brusquense. Minha aptidão artística foi detectada pelo meu superior, Sr Vilson. E ele conseguiu encaixar meu trabalho no jornalzinho "Notícias do Ninho", que circulava internamente, entre logistas, funcionários e guias de compras.
Dentro do Stop Shop, ainda conheci o pessoal do primeiro provedor de internet brusquense, o BILUNET. Os sócios Fabiano Sabino e Sérgio de Pinho publicaram tiras semanais do personagem "Esponja, o Alcoólatra", entre outros quadrinhos, ainda no final dos anos 90. Foi a minha primeira divulgação virtual.
Estas duas oportunidades bastaram para tornar a produção artística mais constante em minha vida.
Início da Revista CARTUM
Foi com a chegada do meu filho Igor que decidi dar início ao antigo projeto de uma publicação em quadrinhos, com patrocinadores nas bordas das páginas e distribuição gratuita das revistas, para gerar uma receita extra que auxiliasse na economia doméstica nesta fase da minha vida.
Durante a sua gestação, desenhei incansavelmente até definir a galeria de personagens precursores da revista, os quais iriam protagonizar as primeiras histórias. Desenhei as primeiras edições nas madrugadas, pois trabalhava durante o dia e vendia as publicidades utilizando minhas férias vencidas. Pude realizar as 3 primeiras edições dessa maneira.
Na próxima postagem, publicaremos como foram as vendas de publicidade na primeira edição.
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