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quarta-feira, 26 de abril de 2017

DE ONDE VEM AS IDÉIAS - Parte 3


Seguindo na explicação de como são obtidas, de forma pessoal e intuitiva as idéias para os argumentos e roteiros presentes na revista CARTUM... 
Em capítulos anteriores, já foram realizados os PRIMEIROS PROCEDIMENTOS e já dispomos de um CADERNO DE ANOTAR IDÉIAS.
Agora vamos buscar os ELEMENTOS que vão preencher as páginas desse caderno e, consequentemente, as lacunas no conteúdo das histórias.

Capítulo 3 - BUSCA DE ELEMENTOS.


Para que o artista escreva bons roteiros de HQs, é extremamente necessário que aprecie a leitura de livros, revistas e jornais, seja bem informado, converse bastante e, antes de tudo, saiba conversar...

 Para SABER conversar, desapegue-se de suas convicções, receios, paradigmas em geral e entregue-se a uma troca de energia sonora com outro indivíduo, seja qual for sua idade, raça, filosofia política, time de futebol, congregação religiosa, classe social ou nível cultural. 

Permita-se ouvir o que a outra pessoa tem a dizer, sem exigências. Ouça atentamente os mais esclarecidos, escute com atenção, especialmente, as crianças e os idosos, pois todos possuem uma impressão diferente da vida. Mas, acima de tudo, não limite-se a rótulos e grupos específicos...converse com toda a humanidade!! 

Não faça do seus textos uma doutrinação ideológica, e sim, um diálogo a quem estiver aberto para recebê-lo!! Impondo a sua opinião, sem falsidade, mas aceitando as diferenças e ouvindo atentamente as objeções. 

 Não precisa basear-se apenas nas suas experiências próprias. Pode buscar elementos (temas, características, dados e informações adicionais) para agregar valor ao roteiro, através de pesquisas na Internet, ou em livros.
Ex: Personagem indígena (deve-se pesquisar costumes, tradições e trajes típicos indígenas, formas de expressão e habitação da aldeia, representados com o devido respeito, sem aquele tradicional “uga-uga”)

Cenário Pitoresco (para enriquecer uma HQ que se passa em determinado estado ou país, pode-se pesquisar sobre hábitos e costumes locais, pontos turísticos, vegetação, clima, etc.)
Enfim, ao escrever HQs podemos incluir interessantes informações históricas, geográficas, culturais ou sociais obtidas em rápidas navegadas na internet (em fontes confiáveis) ou visitas à biblioteca
Afinal, HQ também é cultura e é uma possibilidade de transmitir aos leitores algo que lhes acrescente valor à vida e lhes motive a continuar persistindo naquilo que é correto.


Se o tema for obesidade, por exemplo, buscamos informações sobre a doença, IMC, estatísticas, prevenção, tratamento e tudo o mais que possa enriquecer o conteúdo do seu roteiro. Fuce essas informações em livros, jornais, revistas, na internet, ou no seu próprio “caderno de anotar ideias”, onde você pode ir estocando esse tipo de informações.

Agora, imagine situações!! Após obter alguns dados técnicos sobre o tema, a próxima etapa é reunir possíveis situações que irão compor o seu roteiro: ainda utilizando o tema da obesidade, podemos imaginar uma pessoa obesa passando por uma série de dificuldades, como ficar trancado na roleta do ônibus, se rebolar todo para vestir uma calça, quebrar a cadeira da lanchonete com o seu peso, além do tradicional descontrole na quantidade de comida que ingere. Mas não se limitar aos aspectos desagradáveis, pois acaba se tornando BULLYING, Imagine também coisas boas, como o goleiro obeso que se tornou o herói do jogo pois fechou o gol com a barriga, etc. 

Fique atento!! Em breve publicaremos a quarta parte deste diagnóstico da criatividade, o capítulo 4, intitulado: CINCO REQUISITOS. Na sequencia, esta série de textos será finalizada com o Capítulo 5: DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO.


Para ler o capítulo 1: Primeiras Providências, cole o link:

http://revistascartum.blogspot.com.br/2017/04/de-onde-vem-as-ideias-parte-1.html

Para ler o capítulo 2: Caderno de Anotar Idéias, cole o link:

http://revistascartum.blogspot.com.br/2017/04/de-onde-vem-as-ideias-parte-2.html

sábado, 22 de abril de 2017

DE ONDE VEM AS IDÉIAS - Parte 2


No capítulo 1, "Primeiras Providências" ( http://revistascartum.blogspot.com.br/2017/04/de-onde-vem-as-ideias-parte-1.html ),vimos os detalhes que precisamos definir ao iniciar um roteiro para histórias em quadrinhos. Agora é a vez de apresentar um recurso que muito me auxiliou nos últimos 16 anos: o caderno de anotar idéias!!                    

OBSERVAÇÃO: a maneira aqui sugerida para escrever roteiros é a forma pessoal como são criadas as Revistas CARTUM pelo seu autor, a qual vem funcionando há dezesseis anos.

Capítulo 2 - CADERNO DE ANOTAR IDÉIAS


Escolhido o assunto a ser abordado, vamos buscar as idéias.
Nem sempre a memória me ajuda neste momento de acumular conhecimentos a respeito de um tema específico. Para isso eu utilizo um Caderno de Anotar Idéias. Comecei com cadernos de 4 matérias, agora utilizo um de 20.

Como todo escritor já sabe, as melhores idéias surgem de relance onde menos se imagina, geralmente quando se está mais desprevenido.
Por isso, procure estar sempre munido de algum papel e uma caneta para ir anotando todas as idéias que lhe ocorrem ao longo do dia (boas e fracas, pois a ideia que pode parecer fraca a princípio, é porque ainda não está pronta), onde quer que você esteja. 
Ao final do dia todas estas idéias serão transferidas para o tal caderno. Além de anotar idéias imaginadas, frases ouvidas e fatos testemunhados, o autor também pode esboçar imagens, como caricaturas de pessoas exóticas, modelos de roupas e acessórios, fachadas de lojas e casas, automóveis, motos, bicicletas, paisagens, etc...
O segredo é ir anotando as informações que a vida lhe proporcionar para que este precioso tesouro não caia no esquecimento. Depois basta distribuir no Caderno de Anotar Idéias, em sua subdivisão específica, de uma maneira organizada e coerente! No momento em que for escrever algum roteiro, basta analisar os setores do caderno e acrescentar algumas das informações ali presentes para enriquecer o conteúdo do texto.

Com certeza o tal caderno pode ser substituído por arquivos no seu tablet ou outro recurso que o escritor estiver habituado a utilizar!!

Eu divido o meu caderno de anotar idéias nos seguintes setores

1) planejamentos / projetos diversos / temas para serem utilizados no ano atual.
2) embriões de roteiros /
3) tiras / 
4) piadas clássicas / 
5) temas a explorar / 
6) tiradas (gags) / situações engraçadas /
7) textos diversos / assuntos aleatórios /
8) e 9) idéias individuais para cada personagem (cada 4 folhas do caderno destinadas a um personagem específico) /
10) formatos padrão / medidas para todos os tipos de revista.
11) novos personagens / idéias a trabalhar /
12) conteúdos futuros / novidades para o ano seguinte /
13)  frases / citações que podem ser aproveitadas.
14) anotações.

Você pode desenvolver o seu caderno de anotar idéias da maneira que achar mais conveniente para facilitar o seu próprio processo criativo.

Para ler o capítulo 1: Primeiras Providências, cole o link:

http://revistascartum.blogspot.com.br/2017/04/de-onde-vem-as-ideias-parte-1.html

Em breve serão publicados os próximos capítulos:

3 - BUSCA DE ELEMENTOS
4 - CINCO REQUISITOS
5- DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO

quarta-feira, 19 de abril de 2017

DE ONDE VEM AS IDÉIAS - PARTE 1

Muitos leitores invariavelmente me fazem a mesma pergunta: DA ONDE VEM TANTA IDÉIA para as historinhas? De tanto responder a esta questão, acabei desenvolvendo um "modus operandi" que, aqui no blog, vou dividir em 5 capítulos que serão apresentados a partir do mês de abril, para quem tiver tempo pra ler e quiser aproveitar:

1 - PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS
2 - CADERNO DE ANOTAR IDÉIAS
3 - BUSCA DE ELEMENTOS
4 - CINCO REQUISITOS
5- DISTRIBUIÇÃO DO TEXTO

OBSERVAÇÃO: a maneira aqui sugerida para escrever roteiros é a forma pessoal como são criadas as Revistas CARTUM pelo seu autor, a qual vem funcionando há dezesseis anos.
Capítulo 1 - PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS


Quando se planeja produzir um roteiro, seja para hq, teatro, cinema, etc, os detalhes mais importantes a serem definidos são, nesta ordem:
1)            Gênero de literatura (romance, aventura, suspense, policial, comédia, terror, ficção, etc.)

2)            Tipo de narrativa (diálogo ou monólogo, com texto ou muda, se é na 1ª pessoa ou na 3ª, etc.)

3)            Assunto abordado (se for uma comédia, pode ser um passeio atrapalhado na praia ou uma visita de parente chato, etc. E se for uma ficção, pode ser um contato com alienígenas ou uma máquina do tempo, etc.)

4)            Detalhes importantes (é importante relacionar todos os detalhes importantes que não podem passar despercebidos, para que a cena seja melhor interpretada. Ex: se é calor ou frio, se é dia ou noite, os sentimentos de cada personagem, etc, para que tal detalhe seja representado de alguma maneira visível no desenho)

5)            Quais personagens  (vão participar da história e seus respectivos graus de importância.)

Definidos todos estes quesitos, vamos buscar idéias a este respeito. Porque um bom texto não é aquele que impõe a opinião do seu autor, e sim, aquele que ouve e respeita as opiniões divergentes. Conversando com as pessoas comuns, ouvindo atentamente os mais entendidos em cada assunto sem menosprezar os leigos e lendo textos de diferentes fontes acerca deste tema, pode-se juntar as idéias necessárias para se produzir uma boa história!

Após definir o estilo de desenho com o qual se irá trabalhar, vem à mente a terrível batalha que se trava entre o lápis e o papel em branco: e agora? De onde vêm as idéias? O momento da concepção imaginária de um desenho ou de uma história em quadrinhos é um instante mágico em que entramos em contato com uma fonte criativa inesgotável. É como sintonizar uma rádio na freqüência da estação que se quer ouvir. Sintonizamos nossa mente no canal da criação.
O artista que deseja produzir histórias em quadrinhos deve aprender a absorver as impressões que o mundo lhe transmite. 

Basta estar atento para perceber como cada indivíduo é um universo distinto com reações diferentes das outras pessoas. Logo, cada personagem dos roteiros deverá estar embutido de uma personalidade singular que lhe conceda o papel de protagonista em determinados temas ou situações. Por exemplo, o Dagoberto, por ser um internauta incorrigível sempre assume um papel principal nas histórias que dizem respeito à tecnologia ou à comunicação virtual. Para escrever uma história dessas é preciso no mínimo se atualizar com as últimas novidades neste setor e solicitar informações com pessoas que estão inseridas profissionalmente neste contexto, para que os vocábulos, equipamentos, sistemas e redes sociais presentes na histórias possam ir se modernizando com o passar do tempo.



Estas são as primeiras providências a se tomar ao ter em mente escrever uma história em quadrinhos. Mas o detalhe é que a “hora de escrever roteiros” não é a gente que decide. Acontece no dia-a-dia, nos horários mais improváveis. Quando menos se espera... CLIC... acende uma lampadazinha do lado da cabeça e uma grande idéia se apresenta. Já confiei na memória (ah... amanhã eu vou me lembrar disso!!) e me arrependi amargamente, perdendo grandes tesouros. O negócio é desenvolver um “Caderno de Anotar Idéias”, o qual será o tema do próximo capítulo, a ser publicado em breve. Fique atento!!


Revista CARTUM INTERATIVA nº 190.

    A Revista CARTUM INTERATIVA nº 190 apresenta a terceira parte da SELEÇÃO DE TIRINHAS da Revista Cartum!!  Esta revista possui no total 5...