domingo, 23 de junho de 2024

Crônica: "O LIMITE DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL" (Por: Aldo Maes dos Anjos, autor da Revista CARTUM INTERATIVA)

 

      

          O mundo segue seu giro interminável e a tecnologia avança no decorrer das décadas, nos permitindo atualmente o acesso à inteligência artificial. Podemos lhe pedir pra escrever um texto, montar uma imagem, criar uma publicidade, a trilha musical, desenvolver um projeto... enfim não precisa mais pensar. A partir de agora só faz uso do seu sagrado raciocínio aquele que quiser, se tiver consciência desta importância.

          A I.A. é uma inteligência que foi treinada com todas as informações virtuais, do google e de todas as plataformas existentes. Ela realmente sabe das coisas, sabe tudo o que já existe no meio virtual, mas não tem capacidade de criar algo novo. Aí que entra o valor de uma mente humana, pensante, que absorve aquilo que já existe, mas tem a capacidade de acrescentar algo novo no mundo. Ideias que ainda não existiam, influenciadas pelo sentimento presente e que modificou sua visão a respeito de algo que o inspirou naquele instante. A inteligência artificial faz uma análise fria dos dados disponíveis, enquanto a mente humana pode incluir uma emoção intensa durante esta análise.

          Para as crianças e os jovens, o abuso na utilização da I.A. é um risco altíssimo, pois vai impedi-los de desenvolver a capacidade de raciocinar. O raciocínio é o que nos diferencia dos demais animais do nosso planeta e deve ser incentivado e fortalecido continuamente, no decorrer de nossas vidas. A gente fortalece e tonifica os órgãos e músculos de nosso corpo que bem utilizamos, ao mesmo tempo em que adoece e atrofia aquilo que a gente não usa corretamente. É de extrema importância que as crianças e jovens saibam desenvolver um texto por si mesmo, sem recorrer a mecanismos artificiais. É preciso botar a “cachopa” pra pensar, com paciência e dedicação para fortalecer nossa mente racional, ou se perderá boa parte da capacidade de escrita dessas pessoas.

          Acredito que muitos autores recorram à I.A. em seus momentos de "branco" e lancem textos artificiais, dizendo ser seus. Eu, particularmente não pretendo fazer uso, pois não tem graça nenhuma assinar um texto que não saiu da sua imaginação. Com certeza é um desaforo, uma falta de respeito para com o público leitor. Está iludindo a si mesmo ao tomar posse de resumos artificiais.

          Pretendo ficar o resto da minha vida pensando minhas próprias palavras e criando algo novo, que não existia antes, para fomentar a prática da leitura nas pessoas. Todas as modalidades da tecnologia são bem vindas e deve se fazer bom uso delas, mas jamais poderão substituir o poder criador de um artista inspirado e bem conectado às coisas da vida, mesmo que não saiba todas as informações que estão no google.

          Desejo aqui com este artigo, que a humanidade utilize bem a tecnologia mas que continue desenvolvendo o seu próprio pensamento, utilizando seu raciocínio e movimentando a poderosa máquina criadora que é o cérebro humano, proporcionando a todos os leitores uma farta produção de escritos oriundos da Inteligência Natural que Deus nos deu!!

          Lembrando de João, filho de Zebedeu, capítulo 1, versículo 1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” E que continue sendo assim.

 

 

 

 

 

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