Durante a infância e juventude, li bastante HQs. Me alfabetizei já aos 3 anos através dos quadrinhos lidos pela minha mãe antes de dormir, e cheguei a ter uma coleção com 1500 revistas. Grande parte da minha influência, vem da infância, através da turma da Mônica, Disney, Recruta Zero, Bolinha e outros.
Desenho quadrinhos desde os 7 anos, mas fui tomar a decisão de desenhar profissionalmente ao entrar em contato com 10 principais obras durante a minha infância e adolescência, as quais foram os maiores estímulos para eu escolher essa profissão.
O impacto gerado em mim, ao longo da minha vida, está classificado na seguinte ordem de importância:
1 - O Edifício - Will Eisner - Considero Will Eisner (EUA) um gênio dos quadrinhos pela facilidade de transmitir complexas mensagens em traços limpos e perfeitos! Também me chama muito a atenção sua habilidade em confundir harmonicamente nos seus roteiros comédias urbanas, dramas e vivências sobrenaturais.
2 - América - Robert Crumb - Com seu traço inconfundível, Robert Crumb (EUA) ironiza de forma sarcástica e bem humorada o comportamento norte americano, expondo com “sobriedade” aquilo que a mídia se esforça tanto para ocultar.
3 - Lulu Smack - Frank Margerin - Gosto da forma como o Frank Margerin (França) desenha os quadrinhos preenchendo todos os cantinhos com situações cômicas. Além disso, adoro seus roteiros narrando situações cotidianas com desfechos hilariantes e imprevisíveis.
4 - Wallaye - Jano - Wallaye é uma graphic novel com personagens do tipo “cara de animais” protagonizando cenas de aventura e esbanjando malandragem. Jano (França) tem um traço detalhista, sempre preocupado em captar a essência do local onde se ambienta a história.
5 - Chiclete com Banana - Angeli - Nos anos 80 eu aguardava ansiosamente o lançamento da revista Chiclete com Banana nas bancas. Pois eu adorava ver os conflitos da humanidade sendo abordados sob uma ótica irreverente e totalmente original que o Angeli utiliza.
6 - Piratas do Tietê - Laerte - Sou um grande fã da Laerte, por sua capacidade de transitar livremente por diversos estilos de desenho, e sempre mantendo sua marca pessoal. E pelo alto nível de suas publicações percebe-se que ela é uma desenhista paciente e caprichosa, além de apresentar uma ótica coerente e irrefutável.
7 – Geraldão - Glauco - Acompanhei os quadrinhos do Glauco nos anos 80 e 90. Admiro a obra do Glauco, pois em todos os seus personagens existia um pouco de rebeldia e irreverência, porém com uma inocência quase infantil. Isso tudo acabava tornando seus quadrinhos sempre leves e agradáveis.
8 - Toda Mafalda - Quino - Quino (Argentina) acertou com a Mafalda: a inocência de uma menininha tirando conclusões engraçadas dos dramas tragicômicos da política internacional, sempre preocupada com a saúde do planeta. As páginas possuem um humor pediátrico inofensivo recheado de duplos sentidos que conscientizam.
9 - Turma da Mônica - Mauricio de Souza - Essa verdadeira fábrica de quadrinhos fez parte da minha vida durante muitos anos, incentivando o constante gosto pela leitura. Tenho especial carinho pelas histórias dos anos 1970 e 1980.
10 - Cinquentenário Disney - Walt Disney - Minha recordação mais remota, desde os primórdios da minha vida e o meu livro preferido era este comemorativo aos 50 anos, o qual fiz minha mãe ler e reler para mim inúmeras vezes, antes de dormir, o qual foi decisivo no meu período de alfabetização.
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