Por: Aldo Maes dos Anjos (autor da Revista CARTUM INTERATIVA)
Na infância, todos passamos pelo processo da alfabetização, quando aprendemos as letras, os fonemas, separação silábica, acentuação e todas as regras gramaticais. É uma trabalheira danada até que, afinal, conseguimos desenvolver o dom da leitura. E a partir disso nos tornamos aptos a decifrar mensagens transmitidas por símbolos impressos.Aquela sequência de letrinhas, que até então a gente olhava e não entendia nada, passa a representar uma mensagem. O nosso cérebro desenvolveu uma nova habilidade com sua incrível capacidade cognitiva e este incrível feito não pode ter sido em vão.
Vivemos numa época onde a tecnologia ocupou o tempo de quase todo mundo. Com certeza nos fornece informações úteis e nos mantém atualizados. Mas a qualidade da leitura virtual é rasa e superficial. Às vezes é importante aprofundar-se num tema em uma leitura mais longa e completa, que nos absorva a atenção por completo, sem ter dó nem piedade do tempo que está ali sendo investido.
Aquele esforço todo de ter aprendido a decodificar símbolos impressos no jardim de infância não pode ser desperdiçado, é preciso colocar em prática! Fazer bom uso de um um livro é abrir uma janela em nosso cérebro por onde vão entrar novas ideias, dentre as quais, algumas delas vão passar batido e outras vão se encaixar exatamente naquilo que procuramos, causando mudanças providenciais em nossa vida. Fazendo boas escolhas de leitura, as mudanças serão sempre para a melhor.
Mas só consegue ler um livro quem sente um prazer incondicional com a leitura. Não se pode obrigar alguém a abrir um livro e o ler, pois aquilo se tornaria uma tortura. É preciso despertar nas crianças a consciência dos benefícios que a leitura proporciona e colocar boas opções ao seu alcance, para que esta criança, por ela mesma, queira folhear e absorver umas palavras de vez em quando. Por vontade própria, e não por obrigação. Trata-se de uma segunda etapa na alfabetização: a primeira nos ensina a traduzir textos impressos e a segunda nos conscientiza da importância desta prática.
E, acima de tudo, o que realmente faz a diferença para formarmos bons leitores para o mundo, é darmos o nosso exemplo, lendo com frequência, comentando o que lemos e demonstrando grande prazer com a leitura. Para que nossos filhos vejam e copiem este precioso hábito em suas vidas.
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