Minha especialidade são as histórias em quadrinhos, portanto, estas dicas são voltadas para gibis, mas podem também ser aplicadas a livros, revistas, jornais e tudo o mais que contenha letras.
Será que o público que NÃO LÊ NADA regularmente saberia usufruir de uma revista de histórias em quadrinhos, livro ou jornal em suas mãos?
Para que esse encontro seja a melhor experiência possível, formulei cinco dicas básicas que vão ajudar.
O grau de satisfação de um leitor pela sua experiência literária se mede pelo envolvimento deste leitor com o texto que está a sua frente. Esse envolvimento pode ser inexistente, se a pessoa estiver lendo, porém focada em outro atrativo ou pensando outra coisa durante a leitura.
O envolvimento também pode ser mínimo, com o foco dividido entre a leitura e um outro agente sugador da sua atenção. Enfim, existem vários graus de envolvimento a se listar por aqui, mas o grau de envolvimento também pode vir a ser pleno, com a atenção inteiramente voltada para o objeto de leitura, de uma maneira que possa captar tudo o que aquela publicação tinha a lhe oferecer.
Somente quem se envolve plenamente com a leitura de uma história em quadrinhos consegue perceber alguns sinais discretos que se apresentam, indicando os detalhes, as sensações e as emoções presentes em cada cena, as quais impactam profundamente na compreensão da própria história que está sendo lida.
O leitor precisa mergulhar na trama, acompanhar atentamente cada sinal que se apresenta, cada personagem que interfere na história, bem como o enredo em si, com o seu início, meio e fim. Captar as informações colhidas do papel pelos olhos com tal intensidade que venha a memorizar a história e poder contar para alguém, algum dia, se for preciso.
É preciso raciocinar junto com o autor para entender com perfeição o que está se passando naqueles quadrinhos, além das razões que motivam cada personagem, e, assim, poder entender o desfecho da historinha, além de refletir se existe uma mensagem por trás disso tudo.