Brusque Ontem, Hoje e Sempre...
A população brusquense, desde o início da sua história, foi formada por pessoas de diferentes lugares, cada qual com seus costumes e crenças. Ao longo dos anos, milhares de imigrantes chegaram aqui em busca de terra, trabalho e dias melhores. Eram prussianos, badenses, austríacos, franceses, trentinos, bergamascos, poloneses, entre outros. Traziam consigo diferentes crenças, costumes, hábitos alimentares, conhecimentos técnicos e políticos.
Apesar de tantas dificuldades, como a falta de estradas, de dinheiro, do isolamento em que viviam na época (pois a colônia ficava em região tida como isolada), das enchentes, das pragas que atingiam as lavouras, doenças e falta de médicos, a colônia prosperou. Recebeu o seu casario de tijolos, suas ruas e pontes. O sonho de outrora se tornava realidade. Não sem muito trabalho, dor e sacrifício, mas entrecortado com momentos de gratificação e prazer, como ao ver a primeira lavoura frutificar, o nascimento do primeiro filho...
A história atual também está marcada por um ciclo migratório que, nos últimos trinta anos, vem provocando mudanças. Hoje, chegam a Brusque pessoas dos mais diferentes lugares do país. Não chegam mais em canoas, subindo o rio, como antes fizeram os pioneiros, mas em ônibus que cruzam as estradas ligando as diferentes cidades. Antes era no “Porto das Canoas” que os imigrantes desembarcavam com as suas famílias e apetrechos depois de passarem aproximadamente quatro dias embarcados nas canoas saídas da Vila de Itajaí. Nos dias atuais, desembarcam na rodoviária. Embora o tempo tenha alterado a forma de chegar até aqui, terras das antigas colônias Itajahy e Príncipe Dom Pedro, os motivos são ainda os mesmos: esperança de dias melhores.
As pessoas que aqui chegam não recebem mais um lote de terra para pagar em longo prazo e recursos do governo por tempo determinado, como acontecia naqueles tempos, mas dependem de alugar um imóvel ou mesmo adquiri-lo, quando possível. A história se repete, embora não de forma idêntica, mas repaginada, pois os tempos são outros e esses recém-chegados possuem nomes e rostos diferentes daqueles primeiros. No lugar dos Götzinger, Kannengiesser, Contesini, Voltolini, Tietzmann, Slomsky, é a vez dos Silva, dos Pereira, dos Gomes, entre outros imigrantes de inúmeras origens pelo país, além de refugiados que tem aportado por estas terras.
Em 1990, a população de Brusque era de aproximadamente 60.000 habitantes. Trinta anos depois, em 2020 a população de Brusque mais que dobrou e hoje já beira os 140.000 habitantes, todos contribuindo com seu trabalho para que o Berço da Fiação Catarinense, a Cidade da Pronta Entrega, o nosso município de Brusque possa continuar progredindo cada vez mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário