Por: Aldo Maes dos Anjos (Autor da Revista CARTUM INTERATIVA).
A vida é como a correnteza de um rio, o qual não pode retornar para molhar outra vez o mesmo chão e não pode adiantar-se e chegar na foz antes de percorrer todo o seu leito. Ele tem que viver o momento presente, desviando de cada obstáculo que se apresente no caminho, e almejando chegar ao seu destino, quando for o momento certo.
Da mesma maneira, todos nós que aqui nos encontramos atravessando esta aventura planetária somos como esse líquido que escorre ligeiro. A gente não pode voltar e mudar o passado. O que passou, já é passado. E da mesma maneira, não é possível se deslocar para o futuro e interferir nas coisas que ainda virão. A vida só acontece no momento presente.
Assimilar e compreender esse fato é algo crucial para que possamos pretender algum dia dominar o nosso fluxo diário de pensamentos.
Pois, se a nossa vida somente se faz no momento presente, ela estará muito melhor conduzida por um pensamento que permanece no aqui e agora, mesmo que muitas lembranças o puxem para os mais variados sentimentos que nos causam os eventos do passado ou então para as angústias e preocupações referentes ao que pode vir a acontecer no futuro, o seu lugar é ancorado no que estamos vivendo atualmente, sem respingar na curva que já passou e nem gotejar naquilo que ainda não aconteceu.
Alguns fatos são tão marcantes em nossas vidas que acabamos lembrando deles repetidas vezes. Coisas boas que nos enchem o coração de alegria e nos fazem abrir um belo sorriso... e também coisas chatas que nos trazem sentimentos como: arrependimento, mágoa, raiva e outras chateações em geral.
Igualmente os eventos que estão para acontecer também mexem com a nossa massa encefálica. As coisas bacanas que contamos os dias para que cheguem logo e também as coisas chatas, como o boleto que vai vencer ou quem sabe, a chegada de um parente chato, tornando essa espera um pesadelo.
Todos nós sabemos que um pensamento harmonioso e tranquilo costuma focar melhor nas circunstâncias que estamos atravessando e tomar decisões mais sábias e equilibradas.
Muito melhor que um pensamento tenso e agitado, envolvido em algum tipo de angústia trazido pelas lembranças, ou de preocupação com eventos que estão por vir. Então trata-se de uma decisão madura e consciente esforçar-se para se libertar o quanto antes desses pensamentos invasivos e pensar somente naquilo que te faça sorrir.
Os pensamentos invasivos sobre outros períodos que não o momento presente, podem acontecer a todo instante e é natural que assim seja. Porém, é um precioso aprendizado, dominarmos essas situações, compreendento o que aquele pensamento veio nos lembrar, anotar na agenda mental, e voltar a tela principal para o que está acontecendo exatamente agora, nesse instante.
Não precisa ficar remoendo essa lembrança o dia inteiro. Pensou, lembrou, teve aquele sentimento outra vez, e depois compreendeu o que isto significa e... pronto! Já está resolvido! Bola pra frente para o pensamento seguinte, de preferência que retorne para o aqui e agora.
É preciso saber a hora de colocar um ponto final nos pensamentos invasivos que trazem recordações desagradáveis, e que nos fazem sofrer ou nas preocupações sobre o futuro que alteram a nossa paz se PRÉ-ocupando, sem necessidade.
Quem decide qual vai ser a sua pauta cerebral é você mesmo e eu desejo do fundo do coração que faça sempre as melhores escolhas, se desvencilhando das lembranças chatas e focando mais o seu pensamento onte está ocorrendo a vida que podemos interferir, o único lugar onde a vida acontece de verdade: No aqui e no agora.
A minha mente deve ser como a minha casa: só entra quem eu permitir entrar, porque ele é a minha propriedade e nenhum pensamento intruso poderá ficar lá por muito tempo.
Se o pensamento invadiu a mente de alguém, prendendo a pessoa no passado ou no futuro por mais tempo que deveria, foi porque deixaram a porta mental aberta. E se ele ficou por lá, foi porque assim permitiram. Seja mais seletivo com o que passa pela sua mente.
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